9/29/2008

Bravo, Brasil 7

O Daniel foi forçado a apagar o post que eu reproduzi na íntegra neste post. Sou solidário com o meu amigo no asco pelo Alexandre, o Grande Fenómeno de Feira de Uberaba e no pedido de desculpas aos que eram alheios, como eu, ao que alegadamente estava montado para nós.

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9/25/2008

Bravo, Brasil 6

entrevista dada ao programa Gilda Castro, TV Universitária de Uberaba



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9/19/2008

Bravo, Brasil 5

Como já referi numa legenda de uma foto neste post, abandonei a meio o lançamento do meu livro em Uberaba. O Daniel Ricardo Barbosa esteve presente e postou o seu testemunho.

Sobre Poesia e Abandonos

Temos muitos exemplos de personalidades que, por motivos diversos, recusaram prêmios, medalhas de mérito, chaves de cidades; abandonaram ou sequer compareceram a eventos realizados em “sua própria homenagem”. Jean Paul Sartre recusou o Nobel em 1964. Woody Allen recusou-se a ir receber o Oscar em 1978 e Marlon Brandon sequer aceitou a premiação que lhe seria conferida em 1972. Luandino Vieira recusou o Prêmio Camões há 2 anos atrás. O matemático Parelman recusou a Medalha Fields e a exorbitante soma (U$ 1.000.000,00) periodicamente conferida a notáveis das ciências. Vaias e manifestações e até mesmo tiroteios já levaram diversos profissionais ligados à política a abandonarem certos eventos em plena realização dos mesmos.
Por outro lado, quem já não sentiu vontade de abandonar certo concerto, filme, peça teatral, lançamento de livro pela metade? Não sou muito dado a comentar no blog eventos dos quais tomei parte. Este não é um espaço para resenhas de qualquer tipo, porém, estive no evento de lançamento brasileiro-uberabense do livro “As Noites Contadas”, do amigo Vitor Vicente (que seria realizado no último dia 03/09/08), e não posso deixar de dizer algumas palavras sobre os acontecimentos que ali se sucederam – e que tive o privilégio de testemunhar.
Visualizemos a seguinte circunstância: um salão de festas repleto de mesas de ping-pong, sinuca, pimbolim; quatro ou cinco dúzias de estudantes adolescentes cuja maioria decorara com exímia boa vontade o seu quinhão da educação de massa; alguns professores de literatura ou língua portuguesa, também uniformizados, e todos curiosos como quem senta na arquibancada de um circo a fim de assistir às acrobacias dos poodles e dos elefantes; um grupo de teatro contratado por certa instituição, cujos jovens e competentes integrantes, devido às inúmeras atividades que as dificuldades de se trabalhar com cultura num país de incultos, infelizmente pouco tempo tiveram para preparar e mal-interpretaram o tipo de texto mais difícil de ser interpretado (poesia); e para encerrar, o profissional encarregado pela instituição para promover e organizar certos tipos de eventos, cujo nome não citarei, localizado entre néscio e interesseiro, acostumado a se aproveitar de toda e qualquer oportunidade para desviar os holofotes em direção a sua mórbida figura.
É difícil suportar, para alguém com firmes convicções, qualquer que seja o sujeito a abrir a boca e começar o seu discurso bairrista (entendam por bairrista o antônimo de universalista): “Eu faço, eu aconteço, eu posso, eu sou...”. Vitor Vicente (VV) manteve a paciência durante aproximadamente 12 horas, desde o momento em que foi apresentado ao citado sujeito, até o instante em abandonou o que deveria ser o evento de lançamento de seu livro – e que na verdade se transformara num espetáculo com fins que nada tinham a ver com poesia.
“Como eu vou falar sobre poesia neste lugar?”, foi a pergunta que VV dirigiu a mim tão logo começou o imbróglio. Então aguardou o fim da encenação teatral (embora esta não o tenha agradado nem um pouco – apenas para não desmerecer o esforço do grupo, que, em todos os casos, tinha o direito de se equivocar quanto à leitura dos textos), e abandonou o evento tão logo o tal promotor de eventos de caráter duvidoso (e uso pouca adjetivação para não parecer leviano) dirigiu-se ao microfone a fim de retomar a palavra e dar prosseguimento ao espetáculo que organizara (segundo a conclusão do próprio VV: organizara em prol de sua notoriedade e não do lançamento de um livro de poesias). Agindo assim Vitor dirigiu suas críticas diretamente à pessoa que se mostrou criticável.
Muitas vezes práticas como o “toma lá dá cá” são culturamente aceitas e até se faz apologia sobre elas. Não é uma questão de nacionalidade, mas de ética (ou falta de). Isto mesmo quando reportamos o mais corriqueiro dos acontecimentos. Acostuma-se e chega-se ao absurdo de julgar justa uma troca que na verdade fere a verdade. “Eu monto o palco para você e você permite a minha presença sobre o mesmo.”
Não sei se teria coragem de abandonar tal palco montado à minha revelia. Já permaneci numa sala de cinema mesmo após confirmar que o filme não me agradava nem um pouco. Já vi integralmente peças de teatro que me irritaram desde o início. Já li livros que esgotaram a minha paciência desde a primeira página. Não quis desgostar a companhia da poltrona ao lado. Dei crédito ao autor do livro por não querer acreditar que um texto poderia ser de todo nulo. Conhecia os nomes dos rostos dos atores a representarem o que fosse (e no caso atual tenho simpatia pelas pessoas por detrás dos rostos, e sei que estas pessoas sempre e com honestidade se esforçam por fazer o melhor – e na maioria das vezes o fazem – como Cássia, Daniellen, Lívia...), e não quis desgostar seus donos.
Por fim tirei lições por ter permanecido na sala de cinema, teatro, cama (onde na maioria das vezes costumo ler – entre outras coisas). Não me arrependo dos filmes, peças, livros chatos (embora hoje tenha menos paciência com eles), pois sei que qualquer circunstância nos serve para se observar a verdade. Depende exclusivamente do observador.
Também já me colocaram em situações que me constrangiam e permaneci ali até o fim. Os motivos que me levaram à imobilidade são diversos e prefiro reservá-los só para mim. De qualquer maneira, no entato, agradeço ao Vitor Vicente por ter me dado algo mais a contar aos netos (se eles vierem), ou para contar nas noites, para mim mesmo. Testemunhei algo singular e talvez nunca mais tenha a oportunidade de ver alguém abandonar o seu próprio lançamento de um livro – e depois comemorar durante o “verdadeiro lançamento”. Agradeço por ter visto o verdadeiro VV falar de sua poesia através de atos ao invés de palavras. Afinal acho mais cômodo recusar o Prêmio Nobel ou o Oscar.

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9/18/2008

Esses Dias continuados IX

9/17/2008

Bravo, Brasil 4

texto lido pelo poeta Gonçalves Viana na apresentação de "As Noites Contadas", no Bar Depois, em Sorocaba, dia 31 de Agosto

Vitor Vicente, um jovem poeta lisboeta – assim como Cabral fez um dia – atravessou o Atlântico e aportou em nossas terras, trazendo-nos sua poesia. Poesia de um modernismo atualíssimo e instigante.

Em seu novo livro, que está sendo lançado aqui entre nós pela editora O Clássico; Vitor, tal qual um Ulisses hodierno, realiza sua Odisséia (do eterno retorno ao lar), em uma noitada onde peregrina por vários países (bares) e atraca em portos seguros (balcões), refúgio daqueles que buscam incessantemente as lembranças atávicas de quem quer fugir da solidão apavorante que soe acontecer tão somente aos que têm a poesia entranhada na alma.

Vitor, não apenas bebe, metaforicamente, nos muitos bares por onde andou em seus poemas, como demonstra, através dos mesmos, ter bebido (literalmente) na fonte de poetas outros, tais como: William Blake, Rimbaud, Baudelaire, Burroughs, Lautréamont, etc...

No Brasil, a poética de Vitor Vicente, talvez encontre um paralelo no enfoque com a obra de alguns poetas brasileiros pertencentes a uma corrente surgida nos anos 70, denominada Poesia Marginal. Que era assim chamada porque, num primeiro momento, podia ser lida em diversos lugares: nos muros, nos postes, nas paredes e portas de banheiros públicos. Eram feitas artesanalmente em mimeógrafos e distribuídas ou vendidas; em bares, cinemas, teatros, praias; revistas alternativas; páginas de jornal ou qualquer lugar que permitisse aos poetas expressar a descontração, a subjetividade, o protesto e as suas propostas. Era, sobretudo, uma poesia que se encontrava fora do circuito editorial. Seus principais expoentes eram, entre outros: Ana Cristina César, Cacaso, Chacal, Paulo Leminski, Torquato Neto, Roberto Piva, Wally Salomão, Capinam, Francisco Alvim, Vera Pedrosa, etc. E atualmente: Valdo Motta, Delmo Montenegro, Arnaldo Antunes, Córdoba Jr. e Evandro Mezadri.

Então, Vitor é um poeta maldito ou marginal ou marginalizado? Não, ele é apenas e tão somente, como todos os demais poetas contemporâneos o são. Pois a poesia em si, é hoje: marginal!

Mas voltando a peregrinação do poeta, de bar em bar, dissipando-se entre as brumas etílicas que envolvem seus poemas, devemos, onde o vemos embriagado, vê-lo lúcido.

E devemos ainda nos lembrar que, quando levarem os copos e as garrafas, restará apenas a solidão, nessa verdadeira terra de ninguém – e de todos – que é o balcão de um bar.

Beber ou não beber, eis a questão?

E Vitor, o vate libertinerante, canta ou dança um tango (ou seria fado?) em Portugal, e vem para dançar um samba aqui no Depois Bar em Sorocaba - SP, Brasil.

Seja bem-vindo, Vitor.

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Bravo, Brasil 3

Uma entrevista comigo à ràdio Sete Colinas, Uberaba, Minas Gerais





montagem: Beth Finholdt

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Bravo, Brasil 2



na praia do bairro Flamengo, Rio de Janeiro



com a Cristiane Pasquini, na praia de Ipanema, Rio de Janeiro



esses dias continuados para carioca ver



a Cristiane a apresentar-me no Bar Depois, Sorocaba



eu e o Daniel Ricardo Barbosa, em Uberaba, após abandonar o lançamento a meio após aperceber-me que o mesmo tinha fins que me eram de todo alheios e em nada eram meus



novamente com a Cris(tiane), ainda em Uberaba e sempre radiante



entre e o Daniel (Ricardo Barbosa) e a Cris e alguns apuros para me mover na quasAmazónia



no Viaduto do Chà, coração de São Paulo



a ver a Selva de Pedra, São Paulo, em duas letras SP



a tirar uma fotografia com uma leitora na Casa de España, Sorocaba



e mais não digo, nem mostro

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Bravo, Brasil 1

Uma entrevista comigo no jornal brasileiro Bom Dia, edição de Sorocaba.

Podem encontrar a versão impressa e buscar a pàgina 32-33 aqui.

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Bravo, Brasil!

Estou de regresso à realidade. Mas ainda a recuperar da ressaca de atravessar o Atlântico. Nos próximos posts tentarei reproduzir via fotos, audio e vídeo como foram esses dias e contar as noites no Brasil. Valeu?

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