5/31/2008

Registos, rescaldo e ressaca do Edita 08 IX

O capítulo IV do "edita por escrito" acabou de ser postado.

Aqui ficam os três-motes dos três sub-capítulos

Durante o Edita, nunca tive outro despertador senão o meu estômago.

Huelva consegue ser quase tão feio como o mais feio dos portugais possíveis. Punta Humbria, todavia, consegue ser quase tão bonito como o mais bonito dos portugais possíveis.


Só uma capacidade diminuta de discernimento para não perceber que em geral a espécie humana é estúpida. Espanha não foge à regra e faz de quem não é estúpido uma estupenda excepção.

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5/28/2008

Editora Canto Escuro/Editora O Clássico

Esta parceria



tem pernas para andar



e vontade de viajar...

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Fotos à grande e à brazuca em Lisboa



Eu, o Daniel Ricardo Barbosa e a Cristiane Emilia Pasquini na Casa do Brasil



Fotos: Ana Pinto

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5/26/2008

Registos, rescaldo e ressaca do Edita 2008 VIII

"O edita por escrito" já vai a meio.

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5/25/2008

Fotos à grande e à brazuca no Porto



Eu, a Cristiane Pasquini, a Vânia e o Daniel Ricardo Barbosa depois do jantar e antes da apresentação



Eu, o Daniel Ricardo Barbosa e a Cristiane Pasquini na livraria-bar Gato Vadio



Eu e o Daniel Ricardo Barbosa ainda no dito Gato



Eu, o Vinho do Porto, o Daniel Ricardo Barbosa e a Cristiane Pasquini ainda no dito Vadio

Odisseia fotográfica: Ana Salomé

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Já cá cantam II

O novo canto da casa, "Elo, Entrelinhas & Alucinações", do Daniel Ricardo Barbosa, já canta nas livrarias portuenses Utopia, Clube Literário e Gato Vadio.

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5/22/2008

Canto à grande e à brazuca III



Amanhã, pelas 21:30, na Livraria Gato Vadio, no Porto, eu e a Cristiane Pasquini apresentamos "Elo, Entrelinhas & Alucinações", do Daniel Ricardo Barbosa. Contrariamente ao anunciado no cartaz, o Jorge Velhote não poderá estar entre nós.

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5/21/2008

Canto à grande e à brazuca II



Hoje, pelas 19h, na Casa do Brasil de Lisboa, será apresentado "Elo, Entrelinhas & Alucinações", do Daniel Ricardo Barbosa, por mim e pela Cristiane Pasquini, da Editora O Clássico.

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Já cá cantam I



O novo canto da casa, "Elo, Entrelinhas e Alucinações", do Daniel Ricardo Barbosa, já canta nas livrarias lisboetas Letra Livre, Portugal, Mercado da Ribeira, D. Pedro V, Alexandria e Artes e Letras.

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5/20/2008

Registos, Rescaldo e Ressaca do Edita VII

O Henrique Fialho acabou de postar o capítulo II de O edita por escrito.

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5/18/2008

Canto à grande e à brazuca I


Amanhã, pela manhã, voo para Lisboa. Mas a festa à grande e à brazuca começa em Lisboa a meio da semana e continua e conclui-se no Porto fim-de-semana dentro.

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Elo, Entrelinhas & Alucinações III

A intenção de Robert Cacareco ao empreender tantos projetos, era de que todo o dinheiro trazido pelos pretendidos turistas fosse parar diretamente nas mãos dos habitantes. Por sua vez, os playmobilenses “doariam” dez por cento de tudo o que arrecadassem para os cofres do governo de Santa Juliana. Tratava-se dos primeiros impostos tributados naquela nação. Era a economia de mercado finalmente tomando conta de Playmobil.
Obviamente uma parte substancial dos impostos seria desviada aos bolsos Cacarecos. O presidente se sentia no direito a uma gorda comissão. Com o dinheiro restante, porém, Robert poderia fazer os demais investimentos estruturais de que o país tinha necessidade.
Depois que Playmobil tomasse os turistas dos outros países e se desenvolvesse, ninguém teria coragem de continuar a fazer chacotas sobre a nação que ele governava. Então o nome do presidente enfim seria reconhecido. Cacareco se tornaria a figura mais importante que já pisou naquele solo.
“Danem-se todos eles!”, disse Robert consigo mesmo.
Ele se perdeu tão profundamente a imaginar, com um sorriso de triunfo nos lábios, o esplêndido futuro que os playmobilenses trilhariam sobre uma calçada pavimentada com pedras preciosas, que nem ao menos se deu conta da persistente presença de Maritaca no gabinete presidencial. Saudosista como nunca fora, a lembrar-se das terras por onde passara, Saulo Custof não seguira Emergencial quando o mesmo partiu em direção a seu descanso.
Maritaca simplesmente se sentou no desconfortável e sufocante sofá de capa de couro e se entregou às lembranças... A imensidão do oceano, o garçom no navio; a arquitetura gótica, as prostitutas e o cafetão; os canais e gôndolas, o casal e a água podre; os castelos e monumentos, o soldado da guarda-real e sua potente lança.
As cortantes palavras Cacarecas despertaram Maritaca de um de seus raros momentos de torpor e silêncio. Robert sentara ao seu lado e lhe dera alguns tapinhas nas costas. Por que cargas d’água o privavam com tanta falta de sensibilidade de suas tão doces lembranças?
“Meu caro Maritaca! Tenho grandes planos para nós! Grandes planos!”, disse Cacareco, exagerando na inflexão da palavra “grande” e abrindo os braços a fim de dar ao futuro Ministro da Publicidade Hipnótica uma idéia mais aproximada da dimensão de seus planos.
No entanto as semanas se sucediam e nenhum navio ancorava no modesto e recém construído porto de Santa Juliana. Nenhum turista pisava em solo playmobilense impulsionado pelas peças publicitárias colhidas através do concurso de slogans. As pousadas, restaurantes, bares, lanchonetes, os bordéis de Teobaldo de Salto Alto, o grandioso casino de Moputo Krivatlinclável, tudo, enfim, estava à mercê das moscas.
Tanto Cacareco quanto a população estavam inconsoláveis. Robert se perguntava sobre a possibilidade de Emergencial e Maritaca terem embolsado o suado dinheiro que se arrecadou a fim de divulgar as belezas de Santa Juliana. A maior parte deste montante, inclusive, Cacareco tirou do próprio bolso, minguando cada vez mais uma herança que nunca fora propriamente suntuosa.
Era verdade que Castro e Saulo Custof andavam estranhos desde que voltaram de sua viagem pelos continentes, mas a desconfiança do presidente só ganhava força nas horas em que o desespero o dominava. Era quando o sol se escondia sem que nenhum turista tivesse se bronzeado nas praias de Playmobil. Era quando Robert Cacareco tomava consciência de que as bebidas alucinógenas, os refrigerantes exóticos, os petiscos rústicos condimentados, etc., continuavam a lotar os tonéis e bombonieres das lanchonetes e pub’s, e que ninguém compartilhara das camas das prostitutas descendentes de aborígines meticulosamente treinadas para darem o máximo prazer aos seus clientes.
Três meses transcorreram e o peito de Cacareco não mais se enchia de ar e esperanças quando o presidente pensava em turistas. A população nem ao menos se aproximava das construções que erguera com parcos instrumentos e tamanho esforço. Estava tão decepcionada quanto Robert e muitas vezes também sentia vontade de destruir absolutamente tudo.
Pela primeira vez Cacareco não tinha a menor idéia sobre o que fazer. Ele apostara e se dedicara pra valer àquele projeto. Estava profundamente cansado, sentado na cadeira de uma presidência que nada significava, os mosquitos a zumbizarem no calor do ambiente, centenas de papéis sobre a mesa exibindo os slogans escolhidos para divulgarem as belezas de Playmobil. Por que ninguém se interessara por Santa Juliana? Malditos!
Subitamente um barulho despertou Cacareco de suas desanimadoras, injuriosas e monótonas reflexões. Tal ruído foi seguido por alguns gritos histéricos dados pelos transeuntes que se encontravam próximos à sede do governo. Dois assessores adentraram o gabinete presidencial. Eles apresentavam a mesmíssima expressão de medo. Estavam sem fôlego e Robert teve que controlar a ansiedade até que os dois se recuperassem.
A maioria dos habitantes nem ao menos ouvira falar sobre aquele enorme “pássaro de aço” que cruzava os céus playmobilenses à procura de um campo de pouso, berrando monstruosamente e em altitude cada vez menor. Pensou-se numa punição dos deuses ou na invasão de uma espécie animal bastante perigosa. Qual seria a presa de tal aberração? Será que o monstro se alimentava de carne humana assim como os lendários antepassados aborígines?
Robert saiu às ruas pedindo calma aos eleitores. Mandou alguns assessores espalharem a notícia de que aquela máquina transportava os primeiros turistas de Santa Juliana do Playmobil. Cacareco sabia que em menos de duas horas todo o país já teria sido informado.
Ninguém conhecia a fundo o sistema de comunicação dos descendentes de aborígines. O fato é que as mensagens transmitidas através de toques ritmados de tambor percorriam o território nacional numa velocidade espantosa. Não era um sistema tão instantâneo como os constituídos pelos maravilhosos aparelhos tecnológicos a que estamos acostumados, mas logo todos os playmobilenses souberam da incrível aeronave que pousara a dois quilômetros da capital Moputo.
Tratava-se de um monomotor bastante vagabundo, com capacidade máxima para cinco passageiros. Mesmo assim o seu pouso, numa clareira próxima à Praia do Peixe Gordo e Azarado, serviu para que a empolgação se propagasse por Santa Juliana. Robert e o país que ele governava recobraram as suas esperanças. Será que os corajosos visitantes transportados pelo monstro de aço eram muito ricos?


Daniel Ricardo Barbosa, in "Elo, Entrelinhas & Alucinações"

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5/17/2008

Registos, Rescaldo e Ressaca do Edita VI

A Inmaculada Luna enviou-me por mail estas fotos



Eu com cara de espanta-espíritos




Eu e a Inmaculada



Eu e a Luna

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Registos, rescaldo e ressaca do Edita 2008 V

Através da galeria de fotos do EDITA 08, cheguei a estas fotos



Eu e a Sara Rocio a vender peixe-livro



Eu após a futebolada



Eu a trocar piropos "peloteros" com a Maria João

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5/15/2008

Registos, rescaldo e ressaca do edita 08 IV

Após um trio de ressonâncias fotográficas, chegam as ressonâncias por escrito. Ou "O edita por escrito", uma série de meia-dúzia de apontamentos acutilantes sobre o dito evento. (Cortesia: Insónia).

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5/07/2008

Registos, rescaldo e ressaca do Edita 08 III

Por cortesia do bom do Rodrigo Miragaia venham mais cinco fotos de uma assentada



Eu em passo de dança em direcção ao quarto



Eu a ensaiar una siesta española



Eu a mergulhar no Rioja



Eu a mergulhar em pensamentos



Eu, o Rodrigo, a Maria João e a Amanda, uma escritora mexicana com quem protagonizei um dueto oral que não constava no programa

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5/06/2008

Elo, Entrelinhas e Alucinações II

Só o que se via eram as costas do presidente Cacareco. Estes momentos de suspense duraram até o instante em que Robert começou a se mover. Tentando se colocar de pé, perturbado por causa da pancada, ele segurava uma lasca de pedra que a sua cabeça arrancara do grande mineral que o derrubou. Erguendo o braço a fim de observar o objeto contra a luz do sol, intrigado com a coloração amarelada sob a camada de lodo, Cacareco observava fixamente a pedra.
“É amarela?”, perguntou a si mesmo.
As palavras do presidente eram pronunciadas com certa apatia e imprecisão. O tombo deixara Cacareco um pouco zonzo. O sangue escorria em filetes pelo rosto através do corte acima da sobrancelha direita. O líquido lhe estorvava a visão. Seus olhos esbugalhados estavam vidrados, como os de quem acabara de acordar após uma noite regada a delirantes e apaziguantes e alienadamente entorpecentes tranqüilizantes.
“É amarela! É ouro! É ouro!”, gritou para o espanto geral, sem saber muito bem como reagir diante da ocasional descoberta.
Ninguém dizia uma única palavra, somente se dava interjeições de surpresa. Os jornalistas estavam certos de que tinham uma excelente matéria em mãos. Desde o princípio eles não queriam ter vindo a Santa Juliana do Playmobil. Foram forçados a embarcarem naquela viagem pela intuição do editor da revista. Subiram no avião sem a mínima esperança de realizarem um trabalho relevante.
“Playmobil! Que porcaria de lugar é este?”
Agora se obrigavam a reconhecer que a intuição do chefe era um verdadeiro fenômeno. Não era por acaso que ele dirigia um dos maiores e mais respeitados periódicos do mundo. Os estrangeiros discretamente acenaram ao fotógrafo: queriam que todos os acontecimentos fossem registrados. O último não demorou a compreender os gestos.
O fotógrafo foi até a horrorosa maleta preta, novamente empunhou a máquina, retirou a tampa da lente e começou a clicar a esmo. Foram dezenas de disparos tendo a cachoeira como fundo, os raios solares incidindo diretamente sobre a superfície da água, dando-lhe um aspecto cintilante e revelando o fundo do lago, e Robert Cacareco à frente, o braço em v estendido para o alto, o rosto voltado para o céu alinhado em diagonal com a pedra, que o presidente ainda observava como um abobalhado bufão sob hipnose.
“Não foi uma boa idéia deixar os jornalistas tirarem fotografias. Era sua a obrigação de impedi-los!”, disse Castro Emergencial assim que tomou conhecimento dos fatos que se sucederam na Cachoeira do Quiabo Lustroso.
A testa de Robert Cacareco apresentava um curativo grotesco. Dali escorria um fedorento emplastro de raízes preparado pelo Ministro da Geração Saúde Plena. O presidente não estava gostando nem um pouco das observações de Castro, embora respeitasse as suas preocupações, que se referiam sobretudo à descoberta que a cabeçada Cacareca lhes proporcionara. “Emergencial: um grande estraga-prazeres! Assim estará escrito em sua lápide!”, pensou Robert.
Os jornalistas não tinham a menor importância. Quem precisava deles? Agora Robert Cacareco não precisava de nenhuma pessoa que vivesse além dos limites de Santa Juliana. Que os turistas fossem visitar outro lugar bem distante de Playmobil! Que visitassem o espaço sideral! Que fossem parar no inferno! Quem precisaria deles com tanto ouro à disposição?
O nome do presidente entraria para a história por méritos de seu próprio país. Nenhum playmobilense serviria como empregado ou tapete de se limpar os pés a maçantes estrangeiros e suas exigências pedantes. Fora por absoluta falta de opções que Cacareco investira esforços na idéia de transformar Santa Juliana em um centro turístico. Tão somente por isso.
Robert Cacareco, assim como qualquer outro playmobilense, jamais se esqueceria de que nos tempos da exploração dos países colonizadores Playmobil fora abandonado à sua própria sorte e se tornara motivo de chacota. Também era impossível relevar as portas que se trancaram quando o presidente mandara Castro mendigar a ajuda da comunidade internacional.
“Nós encontramos ouro! Você não percebe a magnitude de tal descoberta?”, perguntou Robert, lançando a pedra sobre a mesa do gabinete presidencial em direção a Castro, certo de que nenhuma palavra do Ministro das Harmoniosas e Irrestritas Relações Internacionais o desanimaria.
A sala estava abafada. O presidente costumava trancar a porta e as janelas e se encerrar no gabinete sempre que precisava refletir. Robert Cacareco gostava de pensar sem interferências exteriores. Ele instruíra os assistentes a impedirem a entrada de qualquer pessoa. Todavia Castro era mestre em dissuadir os descendentes de aborígines que trabalhavam na sede governamental.
Estudando minuciosamente a pedra que segurava entre os dedos, Castro chegava a se entusiasmar. Contudo um pressentimento inexplicável fazia com que mantivesse a cautela. Sua personalidade não condizia com arroubos e manifestações exacerbadas de qualquer tipo. A reação mais intensa que o maior comediante do mundo conseguiria de Castro Emergencial seria um discreto sorriso de canto de lábios.
“Precisamos ao menos mandar fazer alguns exames!”
Robert estava ficando cansado daquela ladainha. Obviamente verificar a composição da pedra constava em seus planos, mas havia coisas mais importantes a serem resolvidas. O futuro de Playmobil estava em suas mãos e ele precisava medir cada passo antes de tomar qualquer que fosse a iniciativa. Cacareco acreditava que nem todos os passos em falso levavam a minas de ouro.
“Não posso perder tempo com bobagens!”, concluiu o presidente. Ele ansiava por tranqüilidade a fim de pensar no futuro. Portanto mandou Castro localizar Saulo Custof Maritaca para que os dois seguissem viagem até a ilha vizinha. Ali providenciariam o tal exame e lhe deixariam em paz. Robert confiava em Emergencial, mas não queria que ele se sentisse tentado a embolsar a pepita. Maritaca seria o seu desestímulo.

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5/05/2008

Registos, rescaldo e ressaca do Edita 08 II

Via A Outra Margem, do Adão Contreiras, acedi a esta foto




tal como a futebolada em tiempos de siesta, também é um pouco...fora de horas

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Registos, rescaldo e ressaca do Edita 08 I

Já cá cantam registos do Canto Escuro no Edita 08!

Seguem, em primeira mão, as fotos do blog da revista Big Ode em que o Canto está de corpo presente.

P.S. Eu fiz muitas fotos. Quero dizer, tiraram-me montes de fotos, tirar não tirei nenhuma. Agradeço do fundo mais cardíaco do Canto que me enviem, quer a minha expressão desperte dúvidas ou não sobre o meu estado alcoólico ou a minha preferência sexual.



Panorâmica do EDITA com Canto Escuro ao fundo



Bancatuguesa (Canto Escuro, Big Ode, Bíblia e Mandrágora)



Eu e a Sara Rócio a esboçar um sorriso-chamariz



Eu e o Rodrigo Miragaia a jogar futebol enquanto a espanholada cumpria a siesta



Eu a ler um texto do Henrique Fialho até interromperem o nosso tempo de atena

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