10/30/2008

História para quem gosta de mergulhar de cabeça II



Esta é a foto do cartaz de "O joelho de Claire", do Eric Rohmer. Filme que muito me influenciou a escrever o enredo de História com Pénis e Cabeça. Daí que esta imagem fale por um post e suas mil palavras.

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Salão do Livro Iberoamericano



O catálogo do Canto cantará no Salão do Livro Iberoamericano , em Huelva, entre 4 e 8 de Novembro. O México é o país portagonista desta edição. Portugal faz-se representar pelas publicações Sulscrito e pelas edições 4Águas, na pessoa do Fernando Esteves Pinto.

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10/29/2008

Grafipoesis, Rui Carlos Souto II




Há uma chave para tudo que permite estar em qualquer lugar
Neste mundo de utopias ou de coisas que se ocultam
As palavras são isso mesmo chaves que dão para entrar no
Mundo das pessoas
Dentro há mais portas e janelas do que se imagina

A chave tem que ser uma chave mestra
Para servir em todas as portas e janelas
Não fossem as pessoas cofres-fortes

Agora cá de fora vê-se o labirinto que cada um constrói à volta
Para acabar por se perder quando quer chegar ao centro das pessoas

A chave mais importante é a que se tem livremente na cabeça
Que pode ser uma estratégia um esquema ou mesmo outra
Coisa qualquer

O que permite sair do labirinto que cada um constrói cá para fora
É a liberdade chave fundamental para se poder andar por aqui

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História para quem gosta de mergulhar de cabeça

Dá para perceber. Está-se, de resto, mesmo, mesmo a ver: ele não sabe se chegou a altura devida (os anglo-saxónicos, corroborando o proveito de eficazes com a fama de práticos, sintetizariam numa palavra: timing) para passar da metafísica para o mete o físico. Debate-se e bate-se e rebate-se com um dilema humano: o conflito entre a cabeça da piça e a cabeça propriamente dita, doravante, para não metermos os pénis pelas mãos, a cabeça.

Poderíamos começar esta história com o velho mote: era uma vez um falo falante e uma cabeça caralhante…

Mas não. Optámos pelo diálogo. É a ouvi-las falar que a gente as entende.

Passemos às ditas cabeçudas a palavra e o protagonismo de quem tem o dom da palavra.



Cabeça
Faço tudo, de tudo, quanto se encontra ao meu alcance.

Cabeça da Piça
Faria se o teu alcance estivesse gangrenado…prefiro nem imaginar. Fiquemos assim: eu tento acreditar que tudo o que fica por fazer é por que está além do teu alcance.

Cabeça
Isso é contigo. Tem de partir daí de dentro, ninguém o pode fazer por ti. Só te posso dizer isto: convence-te da realidade das coisas e deixa de fazer filmes e enredos estapafúrdios.

Cabeça da Piça
E eu só te digo isto: esta noite, se voltares a falhar, vais-te a ver comigo! É ponto assente. Vingo-me !

Cabeça
Escusar de avisar: fica-te mal!

Cabeça da Piça
Aviso, pois ! Nem toda a gente cultiva os teus maus hábitos.

Cabeça
Até poderia parecer, aos ouvidos do néscio ou de quem te ouça pela primeira vez, que te vais revelar vingativa. Como se ninguém soubesse, sequer ousasse levantar uma sombra de suspeita sobre um dos traços mais definidos do teu carácter.

Cabeça da Piça
Qual hábito, qual carapuça de alguém tornado monge pelo hábito ! Nunca tive o gosto nem o capricho da vingança. Os teus falhanços, ultimamente, assim o impõem.

Cabeça
Nem me relembres os meus falhanços. Tu sabes, tão bem ou melhor do que eu, que funciono mal sob pressão…

Cabeça da Piça
Mal? De mal a pior! Estamos vizinhos do piorio.

Vitor Vicente in "História com Pénis e Cabeça"

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História com Pénis e Cabeça



As Edições Mortas acabam de ressuscitar!

No cardápio da neo-aurora, o editor A. da Silva O. traz um par de livros, "Um Asno a Caminho da Terra Santa, do Virgílio Liquito", e "História com Pénis e Cabeça", do Vitor Vicente, e o terceiro número da VOZDEDEUS e que tem como tema principal "O Beijo do Estado", no qual colaborei com o texto "Morder como quem beija" (desculpa Florbela, quando eu chegar ao Inferno logo ajustas contas comigo!)



"História com Pénis e Cabeça" é uma obra teatral. Narra sucessivos encontros de um par de intelectuais, desde uma livraria polivalente culturalmente falando até a um bar de jazz, passando por uma festa da música clássica e/ou erudita. À acção, no entanto, o leitor só acede através do diálogo entre a piça e a cabeça. Como o próprio título já antecipava.

E mais não digo até ao lançamento. Que ocorrerá em conjunto com os novos Cantos da Casa e com a nova Big Ode.

P.S. A capa é da Ana Biscaia. Nos próximos posts publicarei excertos de escutas do dito diálogo a duas cabeças...

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10/28/2008

Odes, Ana Salomé II

ODE AO BLOG

leio blogues
alguns poucos certos
de blonds burnettes e red heads
muitas cabeças coroadas
com louros e flores tristes
amores

a alguns poucos certos
conheço a cara
mas os corações têm rostos
e muitos espelhos para eles
e reparei
que sinto igual
tal qual tão diferente ainda

é que eu também tenho
um blog
que sinto sideral
pronto a explodir
tal qual
os outros.

se não tivéssemos blogues
não sei o que estaríamos a fazer
agora que nele escrevo
e nele me estão a ler
enquanto outros nos seus escrevem
e que daqui a bocado vou ler.

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10/24/2008

Grafipoesis, Rui Carlos Souto I




Há pessoas que dependem deste estado de coisas
Como se fossem alicerces do sistema
De uma casa em ruínas
De um negócio escuro
De uma morte qualquer

Há nas suas cabeças uma medida para tudo
Realizando os intentos imperialistas
De uma América em ruptura
Qualquer coisa que já foi mas que ainda perdura
No inconsciente colectivo

Como se tudo estivesse à mão e fosse só pegar na vida
Fazendo dela qualquer coisa
O domínio de fazer tudo sem olhar a meios
Numa atitude prepotente a duplicidade de viver perto
Da morte

Uma espécie de corrente eléctrica
A morte que vive perto entre o nariz e os olhos
Um animal insatisfeito com o que vê e com o que sente
Não há nada a fazer a não ser afastá-la para longe

Aqui onde as coisas se resolvem entre a morte
Que espera sempre
E o desígnio de construir um mundo melhor

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10/23/2008

Odes, Ana Salomé I

Podem ler a Ode preclara aqui.

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10/22/2008

Prémio Dardos



O Canto foi dardejado pela Maria João. Esta foi a resposta da MJ ao repto do ma-shamba: "eleger quinze weblogs que transmitam valores nos quais nos reconhecemos".

Segue a quinzena de dardos do Canto. Por ordem decrescente de afinidade...

1 Insónia
2 Afrodite
3 Edições Mortas
4 Frenesi
5 Ana de Amsterdam
6 Big Ode
7 Trama
8 Daniel Ricardo Barbosa
9 Cadernos de Daath
10 Cício
11 Porosidade Etérea
12 Nunca Mais
13 Sulscrito
14 Meia-Noite Todo o Dia
15 Daedalus

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Novos Cantos da Casa II




Talvez não tenham reparado (embasbacaram-se com a bomba-cúmplice, aposto), mas a Ana Salomé já consta dos CantAutores. Graças às "Odes". Do primeiro Canto Feminino contem com alguns poemas nos próximos posts.

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Novos Cantos da Casa I




Esta é a capa de "Grafipoesis", do Rui Carlos Souto. A exemplo de "A Poesia dos Pequenos Insectos", outro canto da casa do mesmo autor, também este neo-canto é um conjunto conceptual de poesias. Contem nos próximos posts com alguns poemas e respectivos grafitis.

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10/14/2008

Canto em obras

As obras estão concluídas. Em breve, as obras de arte literária. Para já, continuem na companhia desta obra de arte em carne e osso.



P.S. Não sei se conhecem a dita fotografada, mas estou certo de que gostavam de conhecer. Trata-se da Raquel dos Santos, cúmplice do Canto, responsável pelas fotografias de "Esses Dia HenryKiller.Blog". Outro cúmplice do Canto, o David Soares, trocou de blog. Para acederem ao dito, contudo, basta o mesmo click que antes. A Livraria Trama foi adicionada aos Cúmplice, mas sobre esse adicionamento só contarei depois...

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10/10/2008

Canto em construção

O Canto continua em obras, mas aberto para visitas. Ainda que seja fim de semana, o nosso calendário não se compadece com a cadência da civilização.

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10/02/2008

O Meu Mapa-Mundi


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O Canto continua em construção. Contudo, aberto a visitas.

Contem, para breve, com as capas dos novos cantos da casa.

Amanhã voo a Amsterdão. Ausento-me até meio da semana que vem.

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