11/12/2008

Grafipoesis, Rui Carlos Souto III



O homem tem duas caras e não deixa ver nenhuma
É possível mesmo que se defenda a tiros de pistola

A sua duplicidade é feminina
Reside em querer parecer aquilo que não é
De forma que tudo nele é imprevisto
O que faz com que as pessoas se deixem envolver
Neste universo de sentidos à flor da pele

O mais normal é que todos se deixem ir nesta preguiça
O que é sem dúvida perigoso
Já que o manequim tem duas caras
Para poder realizar o que planeia

Há qualquer coisa de explícito neste espelho de violência
Nesta forma de agir
Que não é de confiança
O melhor é não esperar nada de bom

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