5/17/2005

Quase um acto à Camões

À saída do barco, no Terreiro do Paço, uma intempestiva ventania desatraca a viatura fluvial do cais.
- Cuidado ! Sai Daí! Depressa ! - avisa-me a minha irmã, no tom sério de quem está mesmo a ver-me ir literalmente água abaixo, com uma dúzia de exemplares do meu livro comigo.
Nas calmas, como quem não está ciente de que está a ser vítima dum cenário lovecraftiano, avanço a passo de militar e coloco-me fora de perigo - dum perigo que só me apercebi segundos depois, ao ouvir o pontão chiar, como que a soltar-se do barco com um coice.

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