4/29/2008

EDITA 08



Amanhã baixo até à Andalucia, com paragem no aeroporto de Sevilla, passagem por Huelva e meta em Punta Umbria, para participar no EDITA 08. Contem com uma comunicação do Canto no dia 1 de Maio, às 19:30, e com a leitura em castelhano de um conto no dia 3 de Maio, às 23.30.

Etiquetas:

4/23/2008

Elo, Entrelinhas e Alucinaçoes I

A história deste venerável país chamado Santa Juliana do Playmobil só começou a mudar alguns anos depois do plebiscito que riscara o Furo Grande dos mapas. Tais mudanças aconteceram por intermédio do acaso. Tudo se deu quando o primeiro presidente eleito pelo voto direto da população, Robert Cacareco, movido pela vaidade, praticamente sozinho, tomou para si a responsabilidade de resolver os problemas e carências dos playmobilenses.
Robert Cacareco nascera numa cidade chamada Teobaldo de Salto Alto, cem quilômetros distante da capital Moputo Krivatlinclável, no seio de uma das raras famílias playmobilenses que possuíam algum dinheiro.
Os avós Cacarecos saíram de uma condição extremamente desfavorável. Chegaram ao cúmulo de prestarem serviços domésticos em residências de decadentes famílias nobres. Tiveram visão ao investirem num ramo que a maioria das pessoas considerava indigno. Transformaram-se nos maiores comerciantes de roupa íntima do Velho Mundo. Aproveitaram-se do fato de que quase não havia concorrência e se deram muito bem.
Numa época em que poucos podiam se vangloriar de possuírem fortuna, os pioneiros avós Cacarecos matavam o tempo comprando grandes propriedades. Adquiriram três castelos de aristocratas falidos. Eram donos de várias fazendas de produção de vinho. Passavam as férias em uma de suas belas estâncias. Não se importavam com a fama de déspotas e exploradores do trabalho alheio que pesava sobre eles. Caminhavam orgulhosos em meio à burguesia de sangue azul e bolsos vazios.
Casaram o filho com a sobrinha de um sucessor ao reinado de um país tradicionalíssimo. Garantiram nobreza à descendência Cacareco. Infelizmente a intuição dos avós não poderia sempre acertar. Quando eles souberam que uma das Partes Unidas do Furo Grande fora destinada ao país onde viviam, acharam que a exploração de recursos naturais em tal lugar se tratava de um bom negócio e decidiram expandir seus investimentos.
Para administrar o novo empreendimento enviaram o filho, Paco Cacareco, junto à sua esposa, para Santa Juliana. Dois anos se passaram e os avós só tiveram prejuízos. Durante muito tempo acreditaram que Paco estava lhes aplicando algum tipo de golpe. Se o filho não parasse de roubá-los e não enviasse algum dinheiro fruto da exploração de recursos em Playmobil, logo eles seriam obrigados a vender algumas de suas propriedades. Isto estava fora de cogitação.
A confiança na honestidade do filho só se restabeleceu quanto todos os países envolvidos na exploração decidiram abandonar os territórios de Santa Juliana do Playmobil. Então os avós desistiram dos investimentos e deixaram de enviar dinheiro a Paco. Antes arcar com os prejuízos que tal empreitada já lhes impingira do que seguir alimentando um buraco sem fundo.
Paco e sua esposa Cacareca, no entanto, permaneceram muito tempo longe da tirânica influência de seus respectivos progenitores. Acabaram percebendo que havia vida além do clã e preferiram continuar em Santa Juliana. Afeiçoaram-se aos habitantes daquele país tão desprovido de tudo. As relações interpessoais eram calorosas. Tudo muito diferente da frieza aristocrática que eles passaram a abominar. Além disso, o casal era respeitado. Todos ouviam seus conselhos.
Os avós Cacareco pensaram em deserdar os insurgentes, mas um incêndio numa de suas dionisíacas estâncias os carbonizou no momento em que eles tentavam descobrir a aplicação de uns brinquedos sexuais que haviam comprado. Os avós não tiveram tempo de consolidar seus planos contra os descendentes.
Paco e esposa sentiram profundamente a perda, mas não quiseram participar de ritos fúnebres. Mesmo porque não restara restos mortais para prestar homenagens, velar e enterrar. O casal vendeu todas as empresas e propriedades da família e passou a viver de juros bancários. Mais do que nunca eles precisavam de dinheiro, pois em breve um outro Cacareco viria ao mundo.
Paco não se conteve de felicidade quando o seu filho nasceu. Sofreu uma parada cardíaca e faleceu depois de passar dois dias sob os cuidados de curandeiros descendentes de aborígines. A grande comoção dos habitantes de Teobaldo de Salto Alto mostrou o quanto aquela pequena família era querida. Mimi Dolores Albuquerque Bragança Falastrona Cacareco, a esposa, jamais se recuperou.
Mimi casara porque a sua tutela pertencia aos tios e eles a obrigaram a contrair o matrimônio. Com o passar do tempo ela aprendeu a amar Paco Cacareco. Ele a surpreendeu desde o momento em que os dois se colocaram perante o altar. Enquanto o sacerdote, considerado o melhor mestre de cerimônias do Velho Mundo, dizia suas incautas e infindáveis palavras sobre amor e fidelidade, Paco parecia estar mais nervoso do que a própria Mimi.
“Tenha calma! Já está acabando!”, sussurrou Mimi no ouvido do noivo.
A noite de núpcias fora completamente diferente do que ela pensou que seria. Quando soube que os seus tios haviam marcado o casamento sem ao menos pedirem a sua opinião ou lhe informarem o nome do noivo, Mimi começou a imaginar infinitas e grotescas cenas a respeito de lua-de-mel e perda de virgindade.
Ela imaginou um esposo rude, voraz, sem educação, porco, atrapalhado. Imaginou tal pessoa sobre o seu corpo a lhe sufocar com o seu peso. Ele a atacaria cheirando a cerveja, gordura, suor. Exploraria a intimidade de Mimi com seus dedos sujos e um colossal membro latejante a exalar por todo o quarto um odor acre. Um futuro terrível começaria na noite de núpcias e só terminaria quando um dos cônjuges morresse.
Paco Cacareco, no entanto, surgiu na igreja com seu frágil rosto de bebê. Ele era branco como uma porcelana. Parecia não ter sangue nas veias. Parecia doente. Era tão delicado! Parecia uma mulher. Pobre coitado! Uma criança de traços finos, nariz pequeno, compridos e encaracolados cabelos loiros. Uma criança precisando de ajuda. As cenas que Mimi imaginara se desfizeram imediatamente.
Os noivos não conseguiram trocar uma única frase durante a festa de casamento. Eram centenas de convidados presentes no enorme salão do castelo a interromperem com seus cumprimentos hipócritas e invejosos e nenhuma frase minimamente inteligente. Quando eles finalmente puderam abrir a porta do quarto que partilhariam como casados, marido e esposa, para sempre, ficaram longos minutos de pé a observarem a imensa cama com seu cortinado semi-aberto. Ambos enrubesceram.
Em menos de vinte minutos Mimi percebeu que todas as iniciativas teriam que ser tomadas por sua pessoa. “Será que ele me achou muito feia, magra, esquisita?”, pensou. Eles trocaram de roupa no mais absoluto silêncio. O problema é que Paco estava tão constrangido por ter sido obrigado a se casar com uma completa desconhecida quanto Mimi estava.
Começaram a falar sobre o equívoco que era se casar sem nunca ter visto o pretendente, mas não pararam de descobrir coisas em comum. Falaram toda a madrugada sobre os mais diversos assuntos. Era como se eles estivessem frente a frente com a única pessoa que conhecia o seu íntimo. No mínimo estabeleceram uma estreita amizade.
Nas semanas seguintes, Paco Cacareco e Mimi Dolores Falastrona acabaram se apaixonando, mas um bom tempo se passou antes que eles resolvessem trepar. Aconteceu assim que o casal se livrou da repugna que a pressão dos progenitores por netos causava. E foi belo, transar. Fazer amor com tanta delicadeza, sem nenhuma pressa. Foi intenso e inesquecível.
O que poderia atrapalhar a harmonia do casal, a irritante intromissão dos velhos Cacarecos, que deixaram de freqüentar suas estâncias com o único objetivo de coagir e admoestar os cônjuges, logo teve um fim. Os avós Cacarecos concluíram que os jovens não eram sexualmente ativos a ponto de lhes dar netos. Portanto seriam obrigados a trabalhar administrando os novos investimentos da família.


Daniel Ricardo Barbosa, in "Elo, Entrelinhas e Alucinaçoes"

Etiquetas: ,

Novo Canto da Casa


"Elo, Entrelinhas e Alucinaçoes", do brasileiro Daniel Ricardo Barbosa, já cá canta!

Etiquetas: ,

Cinzeiro a contas

Afinal nao saíu um, mas saíram sim dois Cinzeiros Azuis, acompanhados dos respectivos prémios-surpresa, para moradas do Francisco Curate e do Rui Almeida.

Etiquetas: ,

4/16/2008

Contas do Cinzeiro

Estive a ajustar contas com a conta do Canto e dei conta de que falta vender um "Cinzeiro", do Henrique Fialho, para ter os os custos totalmente cobertos. Quem encomendar este exemplar, terá direito a prémio, palavra do autor.

Etiquetas: ,

A Fachada falada

"A Fachada da Igreja", canto da casa do Padre Mário de Oliveira, foi falada neste fórum sobre paróquias.

Entre outras deixas, deixo estas:

Antes de acabar de ler "A Fachada da Igreja", o tal livrinho, cáustico, mas muito formativo em termos teológicos e bíblicos, e que me proporcionou o 1º encontro com sua graça, fico desde já a pensar que o Pe Mário poderia ser um excelente confessor ou professor e que poderia dar um contributo valioso no aprofundamento da espiritualidade e vivência de comunidades de base.


O último livro do Pe Mário, intitulado "A Fachada da Igreja", da Editorial Canto Escuro", tem o condão de ser um livrinho de 77 páginas. Para além dos criticismos à fenomenologia religiosa católica, tem notáveis tiradas de Teologia e exegese bíblica. Termina com a tentativa de resposta à inquietante pergunta, que não podemos deixar de nos fazermos:
Morremos e depois?

Etiquetas: , ,

4/15/2008

EDITA 08



Eis o programa do Edita 08, organizado pelo poeta
Uberto Stabile, a ter lugar em Punta Umbria, Huelva, entre 30 de Abril e 3 de Maio.

Duas erratas das alíneas a negrito e a itálico: onde se lê "editor exiliado" deve ler-se "editor exilado" e onde se lê "Rodrigo Miragaia, Maria Joao Fernandez y Sara Rocio" deve ler-se "Rodrigo Miragaia, Maria João Fernades, Sara Rocio y Vitor Vicente".

Exposiciones“ADOSADOS” Laura Sanz de Taller del Arce (Torrelaguna, Madrid)
“TRANSFORMERS” Juanma Vidal (Aljaraque, Huelva)
“DE BUENA TINTA” Marta Torres-Marin (San Lorenzo de El Escorial, Madrid)
“UNA BELLEZA DEL QUINCE Revista La Más Bella 1993-2008”
Pepe Murciego y Diego Ortiz de La Más Bella (Madrid)

Miércoles 30 de abril

19.00h. ACTO INAUGURAL (Teatro del Mar)
19.30h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 1ª.
POESÍA EN LA DISTANCIA (Huelva) “Poesía en la distancia” Pedro J. Martín Pedrós, Lupe García Araya y Adolfo Morales
ASOCIACIÓN GUAIAIE (Fregenal de la Sierra, Badajoz) “La memoria de la Luz y la revista Verde” Héctor J. Arenas
MERZ MAIL (Barcelona) “Cronología del Arte Postal en España 1973-1999” Pere Sousa
MESA 2ª.
EDITORIAL COCÓ (Sevilla) “Las nuevas tecnologías como forma de activar la lectura y acercar la literatura al público del siglo XXI” Salvador Reyes y Eduardo Almiñana
ESCUELA DE ESCRITURA (Utebo, Zaragoza) “Tras las huellas de Silvestre Blisset” Marta Sanuy
TALLER EDITORIAL LA CASA DEL MAGO (Guadalajara, Jalisco, México) “Los libros necesarios” Hermenegildo Olguín Reza
23:30h. ACCIONES Y RECITALES (Disco Bar Reflejos, Avda. Andalucía nº 8)
1ª PARTE
Luis Pons Mora de Islavaria Editorial (Aljaraque, Huelva)
Agustín Calvo Galán (Castelfollit del Boix, Barcelona)
María Alcantarilla de Tabula Rosa (Fuenteheridos, Huelva)
Francisco Cumpián de Arbol de Poe (Málaga)
“Dadaphonem v15.0” Pere Sousa de Merz Mail (Barcelona)
“Nuevo amanecer del activismo folklórico” (performance) Héctor Arnau de Los Juglares Cazurros (Godella, Valencia)
“Nocaut” (microconcierto) Cangrejo Pistolero y la Carolain Band
2ª PARTE
Libia Pérez Rodón de Cuaderno de Poesía. Org (Madrid)
Mónica González de MiCielo Ediciones (México D.F.)
Ana Pérez Cañamares de Baile del Sol (Tenerife)
David González del Ateneo Obrero de Gijón (Asturias)
“Almanak Turbo II” (performances) Rodolfo Franco de Comando Macondo (Brasil)

Jueves 1 de mayo

10:30h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 3ª.
LA OLLA EXPRESS (Barcelona) “De libritos, discos y otras aventuras” Eli Gras
ARTIFARITI-ANJU (Madrid) “Encuentro de Arte en Territorios Liberados del Sahara Occidental” Juan Alcón
D (x) i MAGAZINE (Valencia) “Una revista como soporte de creación transversal” Alejandro Benavent
TALLER DEL HECHICERO (Sevilla) “Presentación del la Editorial Taller del Hechicero” Pepe Calvo
TEXTOFILIA (México D.F) “Páginas sueltas. Las revistas independientes en México” Ricardo Sánchez Riancho y Alfredo Núñez
12:00h. Descanso
12:15h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 4ª.
EDICIONES SEGUNDO SANTOS (Mérida, Badajoz) “Sumo y sigo” Antonio Gómez
OFICINA DE IDEAS LIBRES (Madrid) “Trabajos de Oficina” Hilario Alvarez
CANGREJO PISTOLERO EDICIONES (Sevilla) “El Cangrejo Pistolero Ediciones y Festival Internacional de Perfopoesía de Sevilla” Antonio García Villarán
MESA 5ª.
REVISTA ÓXID (Berlin, Alemania) “Lejos del imperio” Ausias Navarro Millet
PA’ COMER ‘APARTE (Madrid) “Pa’ Comer ‘Aparte 07-08” Cecilia Moreno y Pedro Corpa
QUIMERA EDICIONES (México D.F.) “Del libro como un producto perecedero” Sergio Téllez-Pon
17:00h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 6ª.
DIÓGENES INTERNACIONAL (Madrid) “Fiebre y ciudad” Isabel Huete y José Mayoral
ESTA REVISTA SE LLAMA BLASFEMIA (San Luis Potosí, México) “Presentación del nº 8 de la Revista Blasfemia” Amanda Cárdenas y Eloisa Flores
REVISTA BIBLIA (Lisboa, Portugal) “La Biblia y el Apocalipsis Cultural” Tiago Gomes
MESA 7ª
LA ÚNICA PUERTA A LA IZQUIERDA (Portugalete, Bizkaia) “Bienal de Poesía Experimental de Euskadi. Expoesía 2008” Juan Jesús Sanz y Hugo Larrazabal
PUENTEPALO (Las Palmas de Gran Canaria) “Puentapalo: construyendo puentes con palabras y sueños” Juan R. Tramunt y Mª Jesús Alvarado
REVISTA REFLEJOS (Ciudad Victoria, Tamaulipas, México) “Hímnico corazón ferviente” Nohemi Sosa Reyna
19:15h. Descanso
19:30h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 8ª.
A FORTIORI EDITORIAL (Bilbao, Bizkaia) “¿Y por qué no...?” Natividad de la Puerta
CANTO ESCURO (Barreiro, Portugal) “El editor exiliado” Vitor Vicente ATRAPASUEÑOS + ÚNICO ESPACIO NÓMADA (Sevilla) “Presentación de la Colección Democracias Participativas y de las revistas Cuchara y Paso Atrás” Daniel Fernández
EXPERIMENTA (Madrid) “¡ Ay Corazón Editor!” Yolanda Pérez Herreras
MUSEO DE ARTE EXTEMPORÁNEO (Elche, Alicante) “Más de lo mismo nº 21 “Manuel Maciá
23:30h. ACCIONES Y RECITALES (Disco Bar Reflejos, Avda. Andalucía nº 8)
1ª PARTE
Isabel Bono (Málaga)
Antonio Gómez de Ediciones Segundo Santos (Cuenca)
Braulio García Noriega de Paquebote (Oviedo, Asturias)
“Atrapa objetos, nueva colección trashumante” (performance) David Moreno de Ediciones Trashumantes (Valencia)
“Reversismo en presente” Jon Andoni Goikoetxea de La Galleta del Norte (Barakaldo, Bizkaia)
2ª PARTE
Francisco Inclán de Revista Cultural Bostezo (Godella, Valencia)
Miguel Angel Zorrilla de Eguzki Argitaldaria (Bilbao, Bizkaia)
Carmen Camacho de Taller del Hechicero (Sevilla)
“No le llames Amor” (performance) Yolanda Pérez Herreras (Madrid)
“Entretejidos” (performance) Kuku-Bazar (Vitoria-Gasteiz, Alava)

Viernes 2 de mayo

10:30h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 9ª.
LAPINGA EDICIONES (Madrid) “Espacio contra el tiempo” Xabier Vila-Coia
MANUFACTURAS NADA (Zaragoza) “La despensa literaria de Valle de Tena” Eugenio Arnao
MONTFLORIT EDICIONS (Cerdanyola del Vallés, Barcelona) “Difusión + Imaginación” Josep Mª Riera
SULSCRITO,CIRCULO LITERARIO DEL ALGARVE (Faro, Portugal) “Correntes Ibéricas” Fernando Esteves Pinto
PALESTRA (México D.F.) “Periodismo y Literatura: Disciplinas hermanas en las revistas literarias en México” Marcos Daniel Aguilar
12:00h. Descanso
12:15h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 10ª.
KA-ISLAS EDITORIAL (Madrid) “Colaboración entre escritores y editores en programas de dinamización social” Juan Peláez Gómez
ESPACIOLUKE.COM (Palma de Mallorca) “Revistas culturales en la Red” Inés Matute Sanchez
LIVRODODIA EDITORES (Torres Vedras, Portugal) Presentación del libro “Quarti com Ilhas” Manuel Moya y Luis Filipe Cristovao
MESA 11ª
EDITORIAL LUZ Y CIA (Granada) “Cada año más vago” Javier Seco
ATEMPORIA (Saltillo, Cohahuila, México) “Presentación de la Editorial Atemporia” Alejandra Peart y Eduardo Ribé
REVISTA LUNULA (Gijón, Asturias) “Presentación del nº 22 de la revista Lunula” Roxana Popelka
17:00h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 12ª
LA HUEVERA (Mérida, Badajoz) “La Huevera: revista objeto” Catalina Rivera
MANDRÁGORA (Cascais, Portugal) “Kultos alternativos” Bruno Vilao
LA MÁS BELLA (Madrid) “Una belleza del quince” Pepe Murciego y Diego Ortiz
MESA 13ª.
ISLAVARIA EDITORIAL (Aljaraque, Huelva) “Presentación del libro Anfa” Pepe Varos y Miguel Avila Cabezas
EL OLIVO AZUL (Sevilla) “De espadas y errantes” Eduardo Moreno y Francisco Lira
DE LA LUNA LIBROS (Mérida, Badajoz) “Sedah Street” Marino González y Elías Moro
19:15h. Descanso
19:30h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 14ª.
LABOLSA (Don Alvaro, Badajoz) “Presentación del site del video experimental” Koke Vega
EGUZKI ARGITALDARIA (Bilbao, Bizkaia) “Luis Caisses; un autor cubano en busca de editor” Maribel Hoyo
ELKOALAPUESTO (Vallekas, Madrid) “Versus: El último de los puñetazos de Mohamed Ali” Luckas Rodríguez
REVISTA UTOPÍA (Lisboa, Portugal) “Presentación de la revista Utopía” Manuel Almeida
EMSAMBLE COMICS (México D.F.) “Historieta Cristóbal, el brujo, leyendas y tradiciones de México” Edgar Olivares y Luis Alberto Villegas
23:30h. ACCIONES Y RECITALES (Disco Bar Reflejos, Avda. Andalucía nº 8)
1ª PARTE
Carmen Gusanillo de Escuela de Escritura (Sevilla)
Juan Manz (Ciudad Obregón, Sonora, México)
Joao Bentes de Sulscrito (Olhao, Portugal)
“La huella” (performance) Gracia Iglesias de Ediciones Amargord (Chiloeches, Guadalajara)
“Sepulcro Bohemio” (microconcierto) Erándini Aparicio Fuentes de El Aguaje (Guadalajara, Jalisco, México)
2ª PARTE
“Alternancias” (performance) Manuel Almeida de Confraria de Alfarroba (Luz de Tavira, Portugal)
“Didgeriboom” (microconcierto) Lukas Rodriguez de Elkoalapuesto (Vallekas, Madrid)
Ferrán Fernández de Los Libros de la Frontera (Barcelona)
Ignacio Escuín , Pablo Lorente,y Mercedes Ortega de Editorial Eclipsados (Zaragoza)

Sábado 3 de mayo

10:30h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 15ª.
BOURAONELATELIER EDICIONES (La Habana, Cuba) “La imagen Popular, el Mito y otras propuestas” Niurka Bou y Raonel Puente
DIARIOS DE HELENA (Elche, Alicante) “Noches de Alicia” Jesús Zomeño
FACTORIA DEL BARCO (Sevilla) “El cuerpo de la letra” Pablo del Barco
EL COSTURERO DE ARACNE (Monachil, Granada) “El costurero digital” Angel Sanz
EL AGUAJE (Guadalajara, Jalisco, México) “La cultura del libro y los derechos de autor” Gabriela Juárez
12:00h. Descanso
12:15h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 16ª.
EST LIBRI (Huelva) “Las publicaciones cibernéticas en la Asociación Cultural est Libri ”José Manuel Gómez y Méndez, José Antonio Avila y Julián Avila
ESCUELA DE ARTE DE GRANADA (Granada) “II Pasarela Fortuny de Jóvenes Diseñadores” Gabriel Ramos y José Francisco González
ENTRETELAS (Granada) “La revista lavable renace” Andrea Borrás (Colombia), Sandra Yanet (Colombia), Pilar
Criado (La Mancha), Larysa Ischenko (Australia), Esther Jiménez Granada), Esther Lorente (Granada), Victoria Peinado (Jaén), Matilda Szmukier (Polonia)
MESA 17ª.
MESTER DE VANDALIA (Ceuta) “Oficio de Vándalos II” Mª Jesús Fuentes y Juan Carlos Sánchez
SOS emerginsumerginArt (San Lorenzo de El Escorial. Madrid) “SOS” Juan Ugalde
LALATA (Albacete) “Lalata 12, souvenirs” Manuela Martínez y Carmina Palacios
17:00h. PONENCIAS (Teatro del Mar)
MESA 18ª.
CONTENEDORES (Sevilla) “Casos de Estudio, cuadernos sobre arte de acción” Rubén Barroso
CENTRE D’ART LA PANERA (Lleida) “Presentación del fondo de publicaciones especiales de La Panera” Anna Roigé Barrull y Glòria Picazo
CENTRO DE POESÍA VISUAL (Peñarroya Pueblo Nuevo, Córdoba) “Grisú, revista ensamblada” Francisco Aliseda
LOS LIBROS DE LA FRONTERA (Barcelona) y LUCES DE GALIBO (Girona) “Proyección de ciberpoemas - videopoemas” Ferrán Fernández
MESA 19ª.
LITERATURAS.COM (Madrid) “Redes Sociales Literarias presentación de Mi Literaturas!” Nacho Fernández
DELSATELITE EDICIONES (Madrid) “Presentación de Polyfonias y Tributo a José María Fonollosa” Rodrigo Córdoba y Virginia Jiménez
EDITORIAL ECLIPSADOS (Zaragoza) “Poesía, narrativa y otro asuntos eclipsados” Ignacio Escuín y Almudena Vidorreta
VACARESIGNS (Zaragoza) “Una nueva manera de edición y tratado de textos” Iñigo del Canto
19:45h. Descanso
20:00h. Acto de entrega de los Premios EDITA ´08
+ concierto de DANIEL DREXLER
23:30h. ACCIONES Y RECITALES (Disco Bar Reflejos, Avda. Andalucía nº 8)
1ª PARTE
Juan Pardo Vidal de Ediciones El Gaviero (Almería)
Elma Murrugarra de Editorial Pilpinta (Lima, Perú)
Pilar González España y Francisco Carpio (Madrid)
“Acción-Acción” (performance) Joan Casellas de Aire (Barcelona)
“Poesía en Big Ode” (concierto/performance) Rodrigo Miragaia, Maria Joao Lopez y Sara Rocío de Revista Big One (Almada, Portugal)2ª PARTE
“1 + 1 tendiendo a 2” (performance) Julio Fernández de Edita T – Palabras Flotantes (Vigo, Pontevedra)
“Mientras tu cantas” Rosario Pérez Cabañas y Ariel Cubillas de Dum Spiro Ediciones (San Fernando, Cádiz)
Inmaculada Luna de Baile del Sol (Tenerife)
Eladio Orta y Mada Alderete de Crecida (Ayamonte, Huelva)
Antonio Orihuela de Voces del Extremo (Moguer, Huelva)

Etiquetas:

4/09/2008

Cantos ao vivo VI

O Canto volta a cantar noutro continente, em África, na voz do canto da casa "O Discurso do Método", do Nuno Rebocho.

A sessao terá lugar no Centro Cultural Português da Praia, extensao do Instituto Camoes em Cabo Verde, no dia 10 de Abril, às 18:30. Além do autor, contem com o apresentador António Silva Roque e com a música do Tó Alves.

Etiquetas: , ,

4/04/2008

Calendário do Canto



O novo canto da casa, "Elo, Entrelinhas e Alucinaçoes", terá apresentaçao pública em Portugal na semana de 19 a 25 de Maio. Tanto o autor, Daniel Ricardo Barbosa, como a responsável da co-ediçao do outro lado do Atlântico, Cristiane, virao do Brasil para estar entre nós.

Quanto a cantos nunca antes cantados, continuamos a contar com um canto colectivo e com um canto femenino no calendário do canto. E ainda com o novo livro de um autor que já assinou um dos cantos da casa.

Etiquetas: , ,

4/03/2008

EDITA 08




Já é conhecida a lista de participantes do EDITA (encuentro internacional de editores alternativos), a decorrer em Huelva, entre 30 de Abril e 3 de Maio. O programa também já é público. O meu depoimento terá lugar às 19:30, do dia 1 de Maio, no Teatro del Mar.

Segue a lista. Num dos próximos posts, passarei o programa completo.

ANDALUCIA

ARBOL DE POE Málaga
ATRAPASUEÑOS Sevilla
AULLIDO LIBROS Punta Umbría, Huelva
EDITORIAL CACÚA Huelva
CANGREJO PISTOLERO EDICIONES Sevilla
CENTRO DE POESÍA VISUAL
Peñarroya Pueblo Nuevo, Córdoba
EDITORIAL COCÓ Sevilla
REVISTA CHICHIMECA Huelva
CONTENEDORES Sevilla
CRECIDA Ayamonte, Huelva
DUM SPIRO EDICIONES
San Fernando, Cádiz
EL COSTURERO DE ARACNE
Monachil, Granada
EL GAVIERO EDICIONES Almería
EL OLIVO AZUL Sevilla
ENTRETELAS Granada
ESCUELA DE ARTE DE GRANADA Granada
EST LIBRI Huelva
FACTORIA DEL BARCO Sevilla
ISLAVARIA EDITORIAL Aljaraque, Huelva
LA CINTA DE MOEBIUS Huelva
LA ESPIGA DORADA Huelva
EDITORIAL LUZ Y CIA Granada
MÚSICA FUNDAMENTAL Huelva
EDITORIAL ONUBA Huelva
POESÍA EN LA DISTANCIA Huelva
TABULA ROSA Fuenteheridos, Huelva
TALLER DEL HECHICERO Sevilla
REVISTA TRANVIA Huelva
UNICO ESPACIO NÓMADA Sevilla
VOCES DEL EXTREMO Moguer, Huelva
REVISTA VOLANDAS Punta Umbría, Huelva

ARAGÓN

EDITORIAL ECLIPSADOS Zaragoza
REVISTA ECLIPSE Zaragoza
ESCUELA DE ESCRITURA Utebo, Zaragoza
MANUFACTURAS NADA Zaragoza
VACARESIGNS Zaragoza

ASTURIAS

ARIS Oviedo, Gijón
ATENEO OBRERO DE GIJÓN Gijón
LA ULTIMA CANANA DE PANCHO VILLA
Oviedo
REVISTA LUNULA Gijón
PAQUEBOTE Oviedo

BALEARES

ESPACIOLUKE.COM Palma de Mallorca
CANARIAS
BAILE DEL SOL Tenerife
PUENTEPALO Las Palmas de Gran Canaria

CASTILLA LA MANCHA

EDITORIAL AMARGORD
Chiloeches, Guadalajara
LA LATA Albacete
PUNTO MAS EDICIONES Y DISEÑO
Fontanar, Guadalajara
EDICIONES SEGUNDO SANTOS
Cuenca

CATALUÑA

AIRE Barcelona
CENTRE D’ART LA PANERA Lleida
LA OLLA EXPRESS Barcelona
LOS LIBROS DE LA FRONTERA Barcelona
LUCES DE GALIBO Girona
MERZ MAIL Barcelona
MONTFLORIT EDICIONS
Cerdanyola Vallés, Barcelona

CEUTA

MESTER DE VANDALIA

EXTREMADURA

ASOCIACIÓN GUAIAIE
Fregenal de la Sierra, Badajoz
DE LA LUNA LIBROS Mérida, Badajoz
LABOLSA Don Alvaro, Badajoz
LA HUEVERA Mérida, Badajoz

GALICIA

EDITA-T PALABRAS FLOTANTES
Vigo, Pontevedra

MADRID

ARTIFARITI-ANJU Madrid
CUADERNODEPOESIA.ORG Madrid
DELSATELITE EDICIONES Madrid
DIÓGENES INTERNACIONAL Madrid
ELKOALAPUESTO Vallekas, Madrid
EXPERIMENTA Madrid
KA-ISLAS EDITORIAL Madrid
LA MÁS BELLA Madrid
LAPINGA EDICIONES Madrid
LITERATURAS.COM Madrid
OFICINA DE IDEAS LIBRES Madrid
PA’ COMER ‘APARTE Madrid
SOS emerginsumerginArt
San Lorenzo de El Escorial, Madrid
TALLER DEL ARCE Torrelaguna, Madrid

PAIS VASCO

A FORTIORI EDITORIAL Bilbao, Bizkaia
EGUZKI ARGITALDARIA Bilbao, Bizkaia
KUKU-BAZAR Vitoria, Gasteiz, Alava
LA GALLETA DEL NORTE
Barakaldo, Bizkaia
LA ÚNICA PUERTA A LA IZQUIERDA
Portugalete, Bizkaia

VALENCIA

REVISTA CULTURAL BOSTEZO
Godella, Valencia
DIARIOS DE HELENA Elche, Alicante
D (x)i MAGAZINE Valencia
LOS JUGLARES CAZURROS
Godella, Valencia
MUSEO DE ARTE EXTEMPORÁNEO
Elche, Alicante
EDICIONES TRASHUMANTE Valencia

ALEMANIA

REVISTA ÓXID Berlin

BRASIL

COMANDO MACONDO

CUBA

BOURAONELATELIER EDICIONES
La Habana

MÉXICO

ATEMPORIA Saltillo, Cohahuila
ESTA REVISTA SE LLAMA BLASFEMIA
San Luis Potosí
EL AGUAJE Guadalajara, Jalisco
ENCUENTRO DE ESCRITORES
Ciudad Obregón, Sonora
ENSAMBLE COMICS México D.F.
MICIELO EDICIONES México D.F.
PALESTRA México D.F.
QUIMERA EDICIONES México D.F.
REVISTA REFLEJOS
Ciudad Victoria, Tamaulipas
TALLER EDITORIAL LA CASA DEL MAGO
Guadalajara, Jalisco
TEXTOFILIA México D.F.

PERÚ

EDITORIAL PILPINTA Lima

PORTUGAL

REVISTA BIBLIA Lisboa
REVISTA BIG ODE Almada
CANTO ESCURO Barreiro
CONFRARIA DE ALFARROBA Luz de Tavira
LIVRODODIA EDITORES Torres Vedras
MANDRÁGORA Cascais
SULSCRITO,CIRCULO LITERARIO DEL
ALGARVE Faro
REVISTA UTOPÍA Lisboa

Etiquetas: